Júlia, você fala muito sobre inspirações e dicas, mas, e a vida acadêmica? Uma escritora que eu amo, escreveu uma vez uma crônica com o título “Universitários em fim de semestre: sobreviventes”. Eu renomearia, “Universitários: sobreviventes”.
Já deixei bem claro o quanto fui feliz nessa escolha que levarei comigo para resto da vida, mas precisamos admitir: todos nós já passamos pela fase na qual nos perguntamos o que estamos fazendo.
Fim de semestre, menos de um mês para acabarem as aulas e a sensação é que os professores, que ora amamos, ora achamos carrascos, combinam as datas de entregas para a mesma semana e o desespero começa: noites viradas, comer quando dá, olheiras tomando conta, gastrite, enxaqueca, cansaço, dores físicas, estresse, cabelo caindo, ânsia de vômito, ai meu Deus, eu não vou dar conta! E a imunidade láaaaa embaixo.
As 24 horas do dia não são suficientes e pode ser que a gente surte, afinal, mais parecemos mortos-vivos do que estudantes. Difícil conciliar provas, trabalhos, apresentações, bancas, estágio e serviços extras. Tudo o que a gente quer é uma cama para dormir um pouco. Sem tempo para atualizar as redes sociais e quem dirá a vida social.
Cadernos e livros debaixo do braço, bolsa pesada, leva maquete, traz maquete, corre na biblioteca, conversas pelos corredores, AutoCAD dando erro, SketchUp travando, professores que não lançam notas no sistema e a eterna dúvida se fomos bem ou mal. O 3D ficou bom, a apresentação legal, e você acha que o seu projeto está ótimo! Mas professor, que nota é essa? Pouca coisa na vida estudantil faz sentido. Responsabilidade para não estourar as faltas, compromisso para não deixar o grupo não mão, briga com o colega mais descompromissado e a principal palavra do vocabulário é prazo, e a gente vai levando.
Data limite para lançamento de notas e faltas: a p r o v a d a, é a palavra que restaura qualquer esperança e que definitivamente faz sentido, estabelecendo que sim, você está no caminho certo. A parte boa é sempre boa, mas viver esse drama requer muita coragem. E no final, sempre vale à pena!
@juliacrios