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Em uma coluna de inspirações, nada mais prudente do que falar sobre inspirações, certo?

Pela minha apresentação passada, acho que me mostrei uma estudante poética. Bem, os melhores profissionais são! Oscar Niemeyer, por exemplo, me inspira com suas frases inspiradoras. “A vida é um sopro”, “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”. Visivelmente, o arquiteto é reconhecido pelas curvas, “O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o Universo”.

E quanto a mim, Júlia? A poesia está nos detalhes que me atraem e fascinam porque passam despercebidos e muitas vezes ignorados. Neles, encontro as melhores e mais inesperadas coisas e concepções. Afinal, “as grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes” (Augusto Cury).

Minha convivência com a Erika me tornou ainda mais detalhista, além de me fazer desenvolver um amor por passarinhos, que aparentemente remetem à leveza e liberdade. Mas mais profundamente, “o pássaro canta”, se ele for criticado, continua cantando. Se for elogiado, também, pois é o que ele sabe fazer!

Podemos tirar lições de qualquer elemento da natureza e aqui chegamos à minha maior influência. Além de estar totalmente ligada à arquitetura em diversas vertentes e de diversas maneiras, a natureza compõe detalhes que cursam nossas vidas e manifesta fenômenos inexplicáveis, assim como o surgimento das nossas ideias.

A vida segue acontecendo nos detalhes e compartilho com vocês, em fotografias que fiz em momentos e instantes que me marcaram de alguma maneira durante minha experiência fora do Brasil (pra quem ficou curioso!).

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Alguns clics de expressões urbanas: As duas primeiras fotografias da esquerda são intertextualidades de um artista crítico e ativista britânico que eu AMO, chamado Banksy. Lembrando que mesmo no concreto, podemos semear amor e expressar liberdade e leveza. Há sempre amor para nos arrancar um sorriso de canto como na fotografia do coração dentre poás. A fotografia maior foi tirada em Bolonha, que é uma cidade tradicional e universitária, onde assuntos políticos, sociais e filosóficos estão por todos os cantos e achar frases de efeito pelas colunas laranjas é sempre um presente. “Se há uma solução, por que se preocupa? Se não há uma solução, por que se preocupa? (Aristofanes)”. Não é à toa que cidade é chamada de “la dotta”, que significa “a sábia”. A quarta e quinta me marcaram por sutilmente satirizarem comportamentos que já não deveriam estar em pauta. “Nós todos sangramos a mesma cor” e quais são os seus valores?

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Artistas anônimos se manifestam em postes por todo o mundo e as fotografias acima trazem demonstrações disso. Na primeira, a frase significa “amor para todo mundo”, e por falar em amor, a segunda foi tirada na Casa de Giulietta, um lugar com energia indescritível e muitas declarações de afeto. A fotografia maior foi tirada no dia dos namorados, a sensação era que a vida era mesmo bela e o coração flutuante ao pôr do Sol, fechou o dia de maneira especial.

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Alguns objetos e adornos são características específicas de cada local e por serem comuns, acabam passando despercebidos ao olhar desatento. As informações são tantas que às vezes acabamos nos perdendo nos encantos… São esses detalhes que me proporcionam nostalgia e boas recordações.

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Há lugares tão difíceis de focar em detalhes especiais devido a quantidade de informações, adornos ou paisagens, mas quando o olhar identifica certos ângulos, os olhos até brilham, como foi o caso da segunda fotografia desse bloco. Detalhes como da primeira imagem, são muito singulares e passam batido pelos desatentos. Outro artista que me influencia e inspira é Escher que, coincidentemente, estudou arquitetura. Suas obras são fantásticas e a terceira fotografia, para mim é a maior descrição da frase dita por ele, “E a sensação de não ter destino certo será mera ilusão de ótica”. Foi tirada na sua casa, hoje, um museu em Haia.

Detalhes fazem toda a diferença e servem de inspiração também! No próximo post falarei do Inhotim, um Centro de Arte Contemporânea com muitos detalhes grandes e pequenos! Nos vemos em maio…

Beijos, @juliacrios

Fotos: Julia Rios