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Hoje na nossa coluna de inspirações + Leve, eu gostaria de homenagear uma pessoa que me inspira muito, transcrevendo um trecho do seu livro “A arte de ser leve” – Leila Ferreira. Leila é dessas pessoas leves, grande pesquisadora do assunto e de quem me tornei fã desde uma palestra que assisti em 2013, uma época em que a busca por uma vida com mais leveza começou a fazer muito sentido para mim. E quando li esse livro, pela primeira vez, esse trecho me marcou muito e hoje quero compartilhar com vocês.

A Arte de ser Leve – Leila Ferreira

…“Não falo aqui sobre a leveza que aliena e nos condena à superfície. “É preciso ser leve como o pássaro, e não como a pluma” disse o escritor Paul Valéry. A mesma leveza que o italiano Italo Calvino defende em suas ‘Seis propostas para o próximo milênio’. A pluma flutua – um voo sem plano, sem direção, sem desafios. Os pássaros riscam o ar com precisão, colocam a leveza a serviço do existir. Uma pedra pode interromper o voo, mas até que isso aconteça as asas sabem onde ir. Calvino cita “o pesadume, a inércia,a opacidade do mundo”. Quando penso em leveza, penso na possibilidade de sermos pessoas capazes de deixar o mundo menos opaco, menos pesado, menos inerte. Pessoas que se sentem melhor com elas mesmas e são mais agradáveis, mais delicadas, mais generosas. Acima de tudo, pessoas que conseguem também fazer a viagem (cada vez mais rara) de sair delas próprias para enxergar o outro – e o outro pode ser o colega de trabalho, o filho, a amiga de infância, o vizinho,o marido, a namorada, o paciente que esperou vários dias pela consulta, o porteiro do prédio”.

No livro, Leila traz segredos para relações saudáveis como gentileza, bom humor e delicadeza. E descomplicar e desacelerar para ser mais leve.